quinta-feira, 21 de maio de 2015

Feliz - Por-que(?) sim!

Fazer 27 foi... esquisito. Tive a maior crise existencial da minha vida, agora um pouco mais longa, e o maior inferno astral (se é que isso existe) de todos os tempos. Estava me sentindo abaixo do que deveria, tendo muito menos do que uma pessoa de 27 anos deveria ter. Ou que eu enfiei na minha cabeça que seria esperado de alguém com 27 anos. Como a vida é foda e adora, sem a menor delicadeza ou pudor, enfiar um tabefe na nossa orelha e calar a nossa boca, percebi que nunca tive tanto. 

Fui bombardeada por carinho. Carinhos. Muitos. De toda parte, de toda forma, de gente que nem imaginava ser possível. Percebi que venho plantando bons amigos, boas risadas, boas memórias e isso faz de mim um ser fudidamente feliz! Senti uma gratidão maior do que consigo expressar pelos meus tão temidos e esquisitos 27 anos de vida. Todos os desconfortos que já senti dentro dessa pele ficaram pequenos perto do amor que me percebi capaz de sentir. 


Daí eu li um trem que dizia que a gente é despreparado para a felicidade poque aprende que a felicidade é um direito. Na verdade, li só a headline e me dei o direito de entender o que aquilo me despertou. E eu acho que a gente é muito errado de ensinar para as pessoas que elas devem conquistar coisas para serem felizes. O negócio devia ser tido como um dever, tão fundamental quanto qualquer outro valor que a gente transmite: escolher uma profissão e virar gente grande para construir a sua própria vida. "Sabe o que eu espero de você, filha? Que você faça e se faça sorrir, que você tire algo de bom das situações mais duras, que você se entristeça às vezes para entender o gosto bom da vida, que você faça o bem, queira o bem e se sinta FODA por causa disso, que você se ame e se cuide com carinho, que você seja a luz que quer ver nas coisas e que, por fim, você entenda que merece a felicidade por estar viva. Que esse é o grande feito, o grande lance. O resto é bônus."

Ah, quanta crise pré 27 poderia ser evitada se a gente soubesse disso logo. 

Agora eu sei!


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