segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"Life was a party to be thrown, but that was a million years ago"

Por alguma razão que desconheço, talvez porque já tenha sido bem mais esperta tecnologicamente falando, meu celular brotou com fotos de milhões de anos atrás. Algumas surpresas, umas boas risadas e uma esquisita constatação de que tudo passou. Óbvio, o tempo passa, mas não é do tempo que estou falando hoje.

Pessoas de lugares diferentes, épocas diferentes e muita importância para mim... passaram. Eu chorei e sorri e aprendi e briguei e sonhei com muita gente que apareceu ali, e hoje... onde é que está a maioria dessas pessoas? Algumas ainda comigo, algumas fora do Brasil, outras fora de alcance. O que é que a gente faz da vida ou o que é que ela faz da gente que, quando se vê, tudo mudou sem nada nunca mudar? 

Como é que, de repente, sem repente, a gente não cabe mais na vida de alguém ou ele na nossa?! Por quê? Se era tão bom e tão verdadeiro e intenso e tão para sempre, como é que foi acabar? É saudosismo idiota, meio que uma lamentação porque a vida andou e só agora, teoricamente meio velha pra isso, é que fui entender que tudo é cíclico e que as pessoas vão e vêm. Gente mais presente e importante é "nova", enquanto que pessoas que tiveram todo nosso coração são desconhecidas. 

Será que só eu tenho uma ternura eterna pelo que se foi? Será que todo mundo se esquece? Será que a gente vive tanta coisa pra depois viver só ou para uma pessoa só? 

Sei lá. 


"I know I'm not the only one who regrets the things they've done. 
Sometimes I just feel it's only me who never became who they thought they'd be." 
Adele

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